Alguns dias as coisas parecem mais difíceis que em outros.
E às vezes tenho a impressão que minha vida tá um verdadeiro caos: Falta dinheiro, falta paciência e sobram dívidas e compromissos.
Estou sempre atrasada!!
A pia nunca fica vazia e eu tenho a impressão de que estou sempre correndo atrás de fazer aquilo que eu já deveria ter feito!
Sem falar nas carências e necessidades que cada filho me exige em suas diversas fases e idades! Afffff
Só Jesus na causa!! rs
terça-feira, 2 de outubro de 2012
quinta-feira, 26 de julho de 2012
O Esconderijo
Certo dia, cheguei no quarto do Pedro
Gabriel e do Arthur Miguel, 9 e 6 anos respectivamente, e notei que o quarto estava todo empoeirado e
sujo de alguma coisa parecida com areia,
e que este pó estava por cima de todos os móveis e da colcha na cama.
Eu
notei que havia um rodo no quarto e que alguém havia raspado para a varanda toda
aquela sujeira do chão, e que também havia restos de cimento e pedrinhas.
Eu olhei ao redor e não consegui
identificar de onde vinha toda aquela suejeira. Fiquei intrigada!
De repente o Arthur entrou no
quarto, eu perguntei a ele quem tinha trazido areia pro quarto.
- Não sei mamãe, não vi nada. Respondeu
ele.
Quando foi mais tarde o Jonatas
chama a mim e ao Galeno no quarto do Pedro pra nos mostrar o que tinha
acontecido:
O Pedro simplesmente tinha feito
um buraco enorme, na parede!
O buraco estava escondido atrás do quadro, por
isso eu não tinha visto!
Quando perguntamos por que ele
tinha feito isso, ele nos respondeu que era pra guardar um dinheiro que ele
tinha ganhado da avó e que queria um lugar bem escondido, por isso pensou em
fazer um cofre na parede, usando uma chave-de-fenda e um martelo!
Isso rendeu-lhe uma semana indo
dormir mais cedo e sem ver televisão.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Pérolas do Matheus
Pela primeira vez, em 24 anos de casados, fizemos uma viagem um pouco mais longa: o Galeno e eu ficamos fora por 16 dias, sem as crianças!
Eles ficaram em casa, apenas com os mais velhos e com uma moça que ficou ajudando com o serviço da casa.
Após a primeira semana de nossa ausência o caçula de 3 anos, Matheus, começou a achar que nós não iriamos voltar, e falou todo preocupado para a irmã mais velha:
- Luana, se a mamãe não voltar eu vou querer ficar com você viu?!
A Luana achou muita graças, e logo o tranquilizou, dizendo que não se preocupasse que eu iria voltar sim, e etc.
Passados alguns dias, minha sobrinha, que estava em casa, esbarrou nele na escada, ele logo foi brigando com ela, e dizendo todo nervoso:
- Paloma, cuidado senão eu vou cair da escada! Eu posso morrer viu?! E se isso acontecer eu não vou ver a minha mãe!!!
Eles ficaram em casa, apenas com os mais velhos e com uma moça que ficou ajudando com o serviço da casa.
Após a primeira semana de nossa ausência o caçula de 3 anos, Matheus, começou a achar que nós não iriamos voltar, e falou todo preocupado para a irmã mais velha:
- Luana, se a mamãe não voltar eu vou querer ficar com você viu?!
A Luana achou muita graças, e logo o tranquilizou, dizendo que não se preocupasse que eu iria voltar sim, e etc.
Passados alguns dias, minha sobrinha, que estava em casa, esbarrou nele na escada, ele logo foi brigando com ela, e dizendo todo nervoso:
- Paloma, cuidado senão eu vou cair da escada! Eu posso morrer viu?! E se isso acontecer eu não vou ver a minha mãe!!!
segunda-feira, 19 de março de 2012
Educação - O maior desafio
Quando falo em educação, não estou falando
apenas da educação profissional de cada um, mas da educação moral e cristã, que
o Galeno e eu prezamos e acreditamos! Nossa maior dificuldade
é mantermo-nos firmes no que acreditamos, ainda mais nos tempos de
hoje, onde os valores estão distorcidos e a maioria das
pessoas pensam que devem levar vantagem em tudo, que o
dinheiro deve vir sempre em primeiro lugar. Acho que o
importante é mostrar a nossos filhos o valor de serem pessoas honestas,
solidárias e menos egoístas.
Obviamente
a educação escolar e profissional sempre foi uma preocupação. Lembro-me
bem quando tive que transferi-los de uma pequena, mas bem conceituada escola
particular para uma pública, foi uma decisão difícil, mas tivemos que
tomá-la.
Conseguimos manter a escola particular até
a quarta filha, a Gabriela, mas quando chegou a época da Camila
Maria, ingressar na vida escolar, vimos que nosso orçamento não permitia
manter a todos na escola particular. Então partimos pra escola pública.
Não foi fácil, pois sabemos que no Brasil há uma grande diferença de qualidade
na educação pública e privada, tanto em infra-estrutura quanto em conteúdo,
assim como, sabemos da deficiência de professores bem preparados e
interessados.
Mas ao mesmo tempo percebo que o que
importa não é apenas a escola, o grande diferencial está no interesse do
aluno. Se fosse assim os menos favorecidos jamais se tornariam bons
profissionais ou cidadãos que contribuam para uma sociedade melhor e mais
justa. Conheço diversas famílias de origem simples, que começaram com nenhuma
ou pouquíssima condição financeira, ou outras que vieram do interior, e
seus filhos conquistaram seu espaço no mercado de trabalho, se formaram e
tornaram-se pessoas de bem e bem sucedidas. Foram esses exemplos que me
consolaram!
Sempre digo a meus filhos que "Somos o que
queremos ser!” Se realmente queremos alguma coisa devemos “correr atrás”.
Duas grandes virtudes em uma pessoa é a determinação e perseverança! Então, não devemos desacreditar de nossos
sonhos, desistir de nossos objetivos, por causa dos obstáculos que se interpõem
a eles.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Transporte escolar irregular ou excursão?
O carro da família é uma Van, e meu marido sempre leva e busca as
crianças na escola.
Certa vez, ele estava com sete de nossos filhos no nosso carro, além
de uma sobrinha que ele deixava em casa, pois a casa dela ficava no caminho da
nossa. Nesse percurso o Galeno foi abordado por um policial, que vendo aquela
van cheeeeeia de crianças uniformizadas, imaginou que se tratava de um
transporte escolar irregular.
O Policial fez sinal para o Galeno encostar, solicitou a documentação
do veículo e a autorização para transporte escolar.
-Seu guarda, esse carro é particular! Não se trata de
transporte escolar, pois são todos meus filhos! Falou o Galeno.
-Todas essas crianças são seus filhos? Deixa de
brincadeira e apresente logo a autorização! Insistiu o policial.
Somente depois de muita discussão ele liberou o Galeno, mas
desconfiado, disse:
- Vou te liberar, mas saiba que será só desta vez!
Depois disso resolvemos tirar xerox das certidões e autenticá-las em
cartório, mantendo-as no porta-luvas.
Meses depois desse acontecimento, resolvemos dar um passeio a Caldas
Novas e fomos com oito de nossos filhos.
Imaginem o que aconteceu? Fomos parados na polícia rodoviária, na saída
de Brasília, pelo mesmo motivo!
O Policial queria saber de onde era aquela excursão! KKKKK
Depois que apresentamos as certidões, ele ainda não acreditou! E sabe
o que fez? Começou a perguntar qual era o nome de cada um e verificar se
realmente era o mesmo da certidão! Dá pra acreditar!?
Demorou tanto até convencermos que se tratava mesmo de uma única
família, que o carro foi ficando cercado de policiais rodoviários curiosos.
No fim das contas as crianças ganharam ate água mineral de uma
policial e resolveram nos liberar sem maiores problemas.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Solidariedade
Bem, estive pensando... estamos bem no feriado de carnaval, e a maioria dos membros da família estão em casa (com excessão do Felipe que viajou com a esposa, o Jônatas e a Dani, que estão na chácara dos meus pais), vejo que não é fácil, passar os quatro dias, organizando, cozinhando, limpando a casa e o jardim em volta dela, etc.
Apesar de muitas reclamações, pois cada um tinha projetos, ou almejavam aproveitar melhor o feriado, viajar, sair, ir a um clube, ir pra casa de um amigo, ou coisa parecida. Mas que, por diversos motivos, específicos da vida de cada um, vieram a impedir que esses projetos não se concretizassem: Então, estão estão todos aqui, reunidos, cada um com suas obrigações, contribuindo de alguma forma com as atividades da casa e suas obrigações. Vejo que não é fácil pra nenhum de nós, pois somos pessoas comuns, com aspirações, desejos e limitações. Mas quando me deparo com essa situação, vejo todos cooperando de alguma forma, contribuindo com isso ou aquilo, reconheço que existem uma consciência que faz com que meus filhos, até mesmo o mais novos, participem das necessidades comuns.: e isso se chama SOLIDARIEDADE.
Apesar de muitas reclamações, pois cada um tinha projetos, ou almejavam aproveitar melhor o feriado, viajar, sair, ir a um clube, ir pra casa de um amigo, ou coisa parecida. Mas que, por diversos motivos, específicos da vida de cada um, vieram a impedir que esses projetos não se concretizassem: Então, estão estão todos aqui, reunidos, cada um com suas obrigações, contribuindo de alguma forma com as atividades da casa e suas obrigações. Vejo que não é fácil pra nenhum de nós, pois somos pessoas comuns, com aspirações, desejos e limitações. Mas quando me deparo com essa situação, vejo todos cooperando de alguma forma, contribuindo com isso ou aquilo, reconheço que existem uma consciência que faz com que meus filhos, até mesmo o mais novos, participem das necessidades comuns.: e isso se chama SOLIDARIEDADE.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Um pouco de História
Para aqueles que
não conhecem nossa história vou contá-la rapidamente: A tragetória ( minha e do
meu marido) e o nascimento de cada um de nossos filhos em meio às inúmeras
mudanças em nossas vidas, afinal já se passaram quase 25 anos que nos casamos.
Como já disse, muitas coisas aconteceram nesse um quarto de século
e muita, muita “água se passou debaixo da ponte”, então vamos lá!
1985 -
Sempre que ia à missa, via aquele rapaz, que ao invés de prestar atenção ao
Padre, ficava olhando pra mim, no lado oposto da igreja. Até que um dia fui
apresentada ao Galeno,
tempos depois começamos a namorar. O
namoro foi excelente, e como estávamos muito apaixonados decidimos que
deveríamos nos casar. Então, entre namoro, noivado e casamento levamos
exatamente um ano e onze meses.
1987 – Me
casei com Galeno, em dezembro desse ano, aos dezesseis anos e ele com vinte e
um. Todos me perguntam: “E seus pais? Não se opuseram?” Na verdade não! Meus
pais gostavam muito dele. Acho que eles acreditavam no nosso amor. Lembro-me
que minha mãe justificava: “Ele é um bom rapaz, trabalhador, responsável e de
boa família”.
1988 –
Combinamos que iríamos receber os filhos que Deus pensou pra nós: Não iríamos
utilizar nenhum método contraceptivo, a não ser a abstinência sexual. Resultado: voltei da minha lua-de-mel, grávida
da primeira filha. Agora precisava conciliar a responsabilidade com a minha
casa, a escola (que nessa época ainda estudava), dar atenção ao marido e a
gravidez: Nossa! Só Deus mesmo pra me ajudar!
O
Galeno trabalhava com meu pai, era gerente de loja de autopeças, e eu só
estudava: era normalista. Terminei o último ano do ensino médio, com minha
primeira filha nos braços, a Luana Raquel.
1989/1996 - Ao
invés de exercer o magistério fui trabalhar com o Galeno, no escritório da loja
de autopeças que tínhamos em sociedade com meu pai. Durante oito anos mantivemos a loja, e tivemos
mais cinco filhos: Felipe Henrique, João Paulo,
Gabriela, Camila Maria e Danielle.
Começamos
a construção de nossa casa, em 1992 quando estava grávida da 4ª filha: a
Gabriela. Como sabíamos que a família tinha grande chance de ser uma “Grande Família” decidimos fazer uma casa bem grande, que acomodasse a
todos com conforto, mesmo que levasse um tempo maior para ficar pronta.
1997 -
Quando eu estava na 7ª gravidez, o País tive uma mudança de governo, que afetou
profundamente nossos negócios, tivemos que fechar as lojas, e com o que sobrou
iniciamos uma pequena fábrica de biscoitos. Nessa época nasceu o Jônatas.
Não
tivemos sucesso. Foi uma fase muito difícil, mas tínhamos a certeza de que Deus
não deixaria nada faltar.
1998 -
Meu pai passou pelo mesmo problema, fechou as lojas e resolveu partir pra outro
ramo: o de restaurante. E dois anos depois assumimos a administração do resturante...
por mais sete anos.
Voltei
a estudar, com o incentivo do Galeno e do meu sogro, pois as coisas não iam bem.
Nessa época tínhamos oito filhos, pois tinha nascido a Ana Ruth. Mas foi com grande alegria que comecei o
curso de Administração de Sistema de Informações.
Nossa rotina era a
seguinte: Levantávamos bem cedo, o Galeno ia pro restaurante levando os meninos, pois tinha que deixá-los na escola, eu ia pra faculdade. No fim da
manhã, as crianças retornavam da escola juntas, a pé, e eu saia da faculdade e
ia direto para restaurante. Precisava ajudá-lo no caixa e no que fosse
necessário. Os meninos almoçavam no restaurante e depois iam pra casa da minha
mãe, que ficava próxima, pra esperarem o fim do expediente, quando acabava o
expediente, eu e o Galeno buscávamos os meninos e voltávamos para casa.
2000 - Fiquei
grávida da Marianna. Estava no terceiro
semestre quando ela nasceu. Foi bem difícil, pois não podia levá-la pra escola
e depois pro trabalho, e ela não se adaptava com outro tipo de leite que não
fosse o meu, então decidi trancar a faculdade.
2001 –
Nasceu a Cecília, eu voltei a cursar a
faculdade.
2002 – Concluí
a faculdade. Foi
uma grande conquista, pois não acreditava que eu, com dez filhos, casa,
trabalho e marido, fosse capaz de me formar.
Tenho
muito a agradecer a Deus, e também ao Galeno que muito me apoiou, por essa
conquista, foi um sonho realizado!
2003 –
Nasceu o Pedro Gabriel. Depois de muito
tempo na direção do restaurante o Galeno já estava muito cansado, então
decidimos que era hora de fechá-lo, pagar as dívidas existentes e partir para
uma nova fase em nossas vidas: Ele foi trabalhar como gerente financeiro em uma
empresa privada eu fui contratada por uma empresa de Tecnologia e
desenvolvimento de sistemas.
2006 – Iniciei
minha pós-graduação. Nesse ano, nasceu o Arthur
Miguel.
2009 –
Finalmente nos mudamos para a casa que começamos a construir. Nasceu o 13º
filho: o Matheus.
Affff é isso!
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Por que uma família tão grande?
Olá amigos,
Resolvi criar esse blog para compartilhar as experiências de ter uma família grande, com 13 filhos legítimos.
Muitos se perguntam:
-Como e porque, em
tempos tão modernos, o casal decide optar pela família?
-Como é possível, em
pleno século XXI, na era dos recursos tecnológicos e dos grandes avanços da
medicina, os pais decidirem não interferir na lei natural da vida, não lançar
mão dos métodos contraceptivos existentes, tão fáceis, disponíveis e baratos?
-Por que optar por ter quantos filhos Deus tiver pensado pra você?
-Como é possível sobreviver?
-E a vida profissional?
-E o tempo pra você mesmo?
-A atenção para os filhos?
-Como viajar?
-Guardar
dinheiro? Etc., etc., etc.
“Antigamente
sim! Minha avó teve dez! Uma conhecida no interior, que não tinha instrução
teve 12!”: Ouvi isso muitas vezes. rs
Ou
então: “Ah! Eu acho lindo! ...Mas não tenho condições...”.
Um
antigo chefe, uma vez me disse que essa decisão era uma quebra de
paradigma, referindo-se a uma pesquisa onde mostrava que um filho representava
25% do orçamento familiar, portanto, era impossível um
casal viver bem com mais de quatro filhos. Eu tive que rir é claro, na época já
tinha onze!
Pois
provamos que é possível, com a ajuda de Deus, e de muita união, determinação e
organização, levarmos uma vida normal.
É
claro que “nem tudo são flores”, nossas despesas e necessidades são bem maiores
que a de qualquer família, obviamente temos que multiplicar tudo por quinze
(treze filhos e os pais), mas aprendemos que podemos viver com mais
simplicidade. É uma questão de opção.
Outro
fator que me impulsionou a contar nossa história foi o incentivo de amigos e
familiares, que achavam que a experiência adquirida com a família deveria ser
compartilhada com outras pessoas.
Para
que outras pessoas percebam que é possível, no século em que vivemos, manter a
família unida, onde há dificuldades, falta de dinheiro e outros problemas, mas
também há o respeito, solidariedade e amor. Onde os pais permaneçam casados, ao
invés de se separarem nos momentos de dificuldade, tornam-se mais unidos. Que
é possível, mesmo com tantos filhos, conseguir um tempinho para si mesmo, para
sair ou namorar. Mostrando que vale a
pena acreditar na família e no casamento para a “vida toda”. E que no meio disso tudo percebemos que Deus tem um papel primordial , onde tem nos ensinado que viver muitas vezes na
simplicidade ou abstendo-se de muitas coisas, que por um momento, achávamos
excencial nos faz experimentar a alegria de viver o plano de Deus e o amor pelo
outro.
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