quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Transporte escolar irregular ou excursão?

O carro da família é uma Van, e meu marido sempre leva e busca as crianças na escola.


Certa vez, ele estava com sete de nossos filhos no nosso carro, além de uma sobrinha que ele deixava em casa, pois a casa dela ficava no caminho da nossa. Nesse percurso o Galeno foi abordado por um policial, que vendo aquela van cheeeeeia de crianças uniformizadas, imaginou que se tratava de um transporte escolar irregular.


O Policial fez sinal para o Galeno encostar, solicitou a documentação do veículo e a autorização para transporte escolar.
            -Seu guarda, esse carro é particular! Não se trata de transporte escolar, pois são todos meus filhos! Falou o Galeno.
-Todas essas crianças são seus filhos? Deixa de brincadeira e apresente logo a autorização! Insistiu o policial.
Somente depois de muita discussão ele liberou o Galeno, mas desconfiado, disse: 
- Vou te liberar, mas saiba que será só desta vez!
Depois disso resolvemos tirar xerox das certidões e autenticá-las em cartório, mantendo-as no porta-luvas.
Meses depois desse acontecimento, resolvemos dar um passeio a Caldas Novas e fomos com oito de nossos filhos.  Imaginem o que aconteceu? Fomos parados na polícia rodoviária, na saída de Brasília, pelo mesmo motivo!
O Policial queria saber de onde era aquela excursão!  KKKKK
Depois que apresentamos as certidões, ele ainda não acreditou! E sabe o que fez? Começou a perguntar qual era o nome de cada um e verificar se realmente era o mesmo da certidão! Dá pra acreditar!?


Demorou tanto até convencermos que se tratava mesmo de uma única família, que o carro foi ficando cercado de policiais rodoviários curiosos.
No fim das contas as crianças ganharam ate água mineral de uma policial e resolveram nos liberar sem maiores problemas.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Solidariedade

Bem, estive pensando... estamos bem no feriado de carnaval, e a maioria dos membros da família estão em casa (com excessão do Felipe que viajou com a esposa, o Jônatas e a Dani, que estão na chácara dos meus pais), vejo que não é fácil, passar os quatro dias, organizando, cozinhando, limpando a casa e o jardim em volta dela, etc.
Apesar de muitas reclamações, pois cada um tinha projetos, ou almejavam aproveitar melhor o feriado, viajar,  sair, ir a um clube, ir pra casa de um amigo, ou coisa parecida. Mas que, por diversos motivos, específicos da vida de cada um, vieram a impedir que esses projetos não se concretizassem: Então, estão estão todos aqui, reunidos, cada um com suas obrigações, contribuindo de alguma forma com as atividades da casa e suas obrigações. Vejo que não é fácil pra nenhum de nós, pois somos pessoas comuns, com aspirações, desejos e limitações. Mas quando me deparo com essa situação, vejo todos cooperando de alguma forma, contribuindo com isso ou aquilo, reconheço que existem uma consciência que faz com que meus filhos, até mesmo o mais novos, participem das necessidades comuns.: e isso se chama SOLIDARIEDADE.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Um pouco de História

Para aqueles que não conhecem nossa história vou contá-la rapidamente: A tragetória ( minha e do meu marido) e o nascimento de cada um de nossos filhos em meio às inúmeras mudanças em nossas vidas, afinal já se passaram quase 25 anos que nos casamos.
Como já disse, muitas coisas aconteceram nesse um quarto de século e muita, muita “água se passou debaixo da ponte”, então vamos lá!

1985 - Sempre que ia à missa, via aquele rapaz, que ao invés de prestar atenção ao Padre, ficava olhando pra mim, no lado oposto da igreja. Até que um dia fui apresentada ao Galeno, tempos depois  começamos a namorar. O namoro foi excelente, e como estávamos muito apaixonados decidimos que deveríamos nos casar. Então, entre namoro, noivado e casamento levamos exatamente um ano e onze meses.


1987 Me casei com Galeno, em dezembro desse ano, aos dezesseis anos e ele com vinte e um. Todos me perguntam: “E seus pais? Não se opuseram?” Na verdade não! Meus pais gostavam muito dele. Acho que eles acreditavam no nosso amor. Lembro-me que minha mãe justificava: “Ele é um bom rapaz, trabalhador, responsável e de boa família”.


1988 – Combinamos que iríamos receber os filhos que Deus pensou pra nós: Não iríamos utilizar nenhum método contraceptivo, a não ser a abstinência sexual.  Resultado: voltei da minha lua-de-mel, grávida da primeira filha. Agora precisava conciliar a responsabilidade com a minha casa, a escola (que nessa época ainda estudava), dar atenção ao marido e a gravidez: Nossa! Só Deus mesmo pra me ajudar!
O Galeno trabalhava com meu pai, era gerente de loja de autopeças, e eu só estudava: era normalista. Terminei o último ano do ensino médio, com minha primeira filha nos braços, a Luana Raquel.


1989/1996 - Ao invés de exercer o magistério fui trabalhar com o Galeno, no escritório da loja de autopeças que tínhamos em sociedade com meu pai.  Durante oito anos mantivemos a loja, e tivemos mais cinco filhos: Felipe Henrique, João Paulo, Gabriela, Camila Maria e Danielle.
Começamos a construção de nossa casa, em 1992 quando estava grávida da 4ª filha: a Gabriela. Como sabíamos que a família tinha grande chance de ser uma “Grande Família” decidimos fazer uma casa bem grande, que acomodasse a todos com conforto, mesmo que levasse um tempo maior para ficar pronta.
1997 - Quando eu estava na 7ª gravidez, o País tive uma mudança de governo, que afetou profundamente nossos negócios, tivemos que fechar as lojas, e com o que sobrou iniciamos uma pequena fábrica de biscoitos. Nessa época nasceu o Jônatas.
Não tivemos sucesso. Foi uma fase muito difícil, mas tínhamos a certeza de que Deus não deixaria nada faltar.
1998 - Meu pai passou pelo mesmo problema, fechou as lojas e resolveu partir pra outro ramo: o de restaurante. E dois anos depois assumimos a administração do resturante... por mais sete anos.
Voltei a estudar, com o incentivo do Galeno e do meu sogro, pois as coisas não iam bem. Nessa época tínhamos oito filhos, pois tinha nascido a Ana Ruth. Mas foi com grande alegria que comecei o curso de Administração de Sistema de Informações.
Nossa rotina era a seguinte: Levantávamos bem cedo, o Galeno ia pro restaurante levando os meninos, pois tinha que deixá-los na escola, eu ia pra faculdade. No fim da manhã, as crianças retornavam da escola juntas, a pé, e eu saia da faculdade e ia direto para restaurante. Precisava ajudá-lo no caixa e no que fosse necessário. Os meninos almoçavam no restaurante e depois iam pra casa da minha mãe, que ficava próxima, pra esperarem o fim do expediente, quando acabava o expediente, eu e o Galeno buscávamos os meninos e voltávamos para casa.
2000 - Fiquei grávida da Marianna. Estava no terceiro semestre quando ela nasceu. Foi bem difícil, pois não podia levá-la pra escola e depois pro trabalho, e ela não se adaptava com outro tipo de leite que não fosse o meu, então decidi trancar a faculdade.
2001 – Nasceu a Cecília, eu voltei a cursar a faculdade.
2002 – Concluí a faculdade. Foi uma grande conquista, pois não acreditava que eu, com dez filhos, casa, trabalho e marido, fosse capaz de me formar.
Tenho muito a agradecer a Deus, e também ao Galeno que muito me apoiou, por essa conquista, foi um sonho realizado!
2003 – Nasceu o Pedro Gabriel. Depois de muito tempo na direção do restaurante o Galeno já estava muito cansado, então decidimos que era hora de fechá-lo, pagar as dívidas existentes e partir para uma nova fase em nossas vidas: Ele foi trabalhar como gerente financeiro em uma empresa privada eu fui contratada por uma empresa de Tecnologia e desenvolvimento de sistemas.
2006 – Iniciei minha pós-graduação. Nesse ano, nasceu o Arthur Miguel.
2009 – Finalmente nos mudamos para a casa que começamos a construir. Nasceu o 13º filho: o Matheus.
Affff é isso!




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Por que uma família tão grande?

Olá amigos,
Resolvi criar esse blog para compartilhar as experiências de ter uma família grande, com 13 filhos legítimos.
Muitos se perguntam:
-Como e porque, em tempos tão modernos, o casal decide optar pela família?
-Como é possível, em pleno século XXI, na era dos recursos tecnológicos e dos grandes avanços da medicina, os pais decidirem não interferir na lei natural da vida, não lançar mão dos métodos contraceptivos existentes, tão fáceis, disponíveis e baratos?
-Por que optar por ter quantos filhos Deus tiver pensado pra você? 
-Como é possível sobreviver?
-E a vida profissional?
-E o tempo pra você mesmo?
-A atenção para os filhos?
-Como viajar?
-Guardar dinheiro? Etc., etc., etc.
  “Antigamente sim! Minha avó teve dez! Uma conhecida no interior, que não tinha instrução teve 12!”: Ouvi isso muitas vezes. rs
Ou então: “Ah! Eu acho lindo! ...Mas não tenho condições...”.
Um antigo chefe, uma vez me disse que essa decisão era uma quebra de paradigma, referindo-se a uma pesquisa onde mostrava que um filho representava 25% do orçamento familiar, portanto, era impossível um casal viver bem com mais de quatro filhos. Eu tive que rir é claro, na época já tinha onze!
Pois provamos que é possível, com a ajuda de Deus, e de muita união, determinação e organização, levarmos uma vida normal.
É claro que “nem tudo são flores”, nossas despesas e necessidades são bem maiores que a de qualquer família, obviamente temos que multiplicar tudo por quinze (treze filhos e os pais), mas aprendemos que podemos viver com mais simplicidade. É uma questão de opção.
Outro fator que me impulsionou a contar nossa história foi o incentivo de amigos e familiares, que achavam que a experiência adquirida com a família deveria ser compartilhada com outras pessoas.
Para que outras pessoas percebam que é possível, no século em que vivemos, manter a família unida, onde há dificuldades, falta de dinheiro e outros problemas, mas também há o respeito, solidariedade e amor. Onde os pais permaneçam casados, ao invés de se separarem nos momentos de dificuldade, tornam-se mais unidos. Que é possível, mesmo com tantos filhos, conseguir um tempinho para si mesmo, para sair ou namorar. Mostrando que vale a pena acreditar na família e no casamento para a “vida toda”.  E que no meio disso tudo percebemos que Deus tem um papel primordial , onde tem nos ensinado que viver muitas vezes na simplicidade ou abstendo-se de muitas coisas, que por um momento, achávamos excencial nos faz experimentar a alegria de viver o plano de Deus e o amor pelo outro.